Rui Car
10/12/2019 11h11 - Atualizado em 10/12/2019 08h52

Finanças do São Paulo em 2020: Pato e Dani Alves terão aumento, e clube precisa pagar por Raniel

Na lista de possíveis despesas para o ano que vem ainda está a compra de Tiago Volpi

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São Paulo terá mais gastos com Daniel Alves e Alexandre Pato em 2020. Dois dos principais reforços contratados nesta temporada, os jogadores entraram em acordo com o Tricolor para receber menos em 2019 e ter um aumento gradativo nos anos seguintes.

 

 

De abril – mês da contratação – a dezembro deste ano, o São Paulo desembolsou 400 mil euros (R$ 1,7 milhão). Ou seja, aproximadamente R$ 190 mil por mês. A partir de 2020, porém, o atacante passa a ter um salário de aproximadamente R$ 700 mil, um aumento de mais de R$ 500 mil em relação a 2019.

 

Veja o que ainda falta pagar por Pato entre salários + luvas + direitos de imagem:

  • 1,9 milhão de euros (R$ 8,4 milhões) de janeiro a dezembro de 2020;
  • 1,9 milhão de euros (R$ 8,4 milhões) janeiro a dezembro de 2021;
  • 1,9 milhão de euros (R$ 8,4 milhões) janeiro a dezembro de 2022;

 

O total da “operação Pato” ao fim de seu contrato, em 2022, será de 6,1 milhões de euros (cerca de R$ 26,9 milhões). Vale ressaltar que o jogador chegou ao clube sem custos de compra.

 
 

Alexandre Pato em treino no São Paulo — Foto: Divulgação/São PauloAlexandre Pato em treino no São Paulo — Foto: Divulgação/São Paulo

Alexandre Pato em treino no São Paulo — Foto: Divulgação/São Paulo

 

Daniel Alves

Já o caso de Daniel Alves é mais complexo. De setembro de 2019 ao final de abril de 2020, o jogador receberá apenas o salário pago pelo São Paulo no acordo CLT. O valor é de aproximadamente R$ 500 mil.

 

A partir do fim de abril de 2020, Daniel Alves começa a receber pelas luvas, bônus e acordo pelos direitos de imagem. O montante é de R$ 1,5 milhão por mês que pode ser pago com ajuda de parceiros.

 

O São Paulo, no entanto, continua na busca por investidores.

Segundo o São Paulo, o pagamento pelas parcelas referentes à imagem de Daniel Alves seria como um financiamento pago semestralmente. Em números fictícios, funcionaria da seguinte maneira:

 

  • o São Paulo paga um valor pela parcela semestral (por exemplo de R$ 5 milhões) a Daniel Alves pelo acordo de exploração da imagem;
  • se receber até um determinado valor (de por exemplo R$ 7 milhões) por meio de parceiros, o clube fica com uma fatia do lucro (R$ 2 milhões), descontando os R$ 5 milhões de “reembolso”.
  • se receber um outro valor acima dos R$ 7 milhões, o lucro é dividido igualmente entre São Paulo e Daniel Alves: 50% para cada. Ou seja, se houver o pagamento de R$ 500 mil acima do valor determinado no contrato, cada parte receberia R$ 250 mil.

 

Nesse modelo, o São Paulo “reembolsa” o valor acertado pela imagem de Daniel Alves, fica com um determinado montante de lucro até uma faixa de dinheiro arrecadada (caso haja lucro) e a partir de outra fatia determinada no contrato divide igualmente os valores com o atleta.

 

 

Daniel Alves durante partida com a camisa do São Paulo — Foto: Ricardo Moreira/BP FilmesDaniel Alves durante partida com a camisa do São Paulo — Foto: Ricardo Moreira/BP Filmes

Daniel Alves durante partida com a camisa do São Paulo — Foto: Ricardo Moreira/BP Filmes

 

Raniel

Quando Raniel foi contratado pelo São Paulo, em julho, intermediários participaram do negócio e tornaram o acordo possível com o Cruzeiro.

 

Eles pagaram os R$ 13 milhões para o clube mineiro com a condição de o São Paulo reembolsar esse valor em 2020. O Tricolor ficou com 50% dos direitos econômicos.

 

Em resumo:

  • o Cruzeiro recebeu cerca de R$ 13 milhões de intermediários e continuará com percentual para futura negociação;
  • São Paulo ficará com 50% dos direitos econômicos;
  • São Paulo começa a pagar os R$ 13 milhões aos intermediários em 2020.
 

São Paulo começa a pagar por Raniel em 2020 — Foto: Marcos RibolliSão Paulo começa a pagar por Raniel em 2020 — Foto: Marcos Ribolli

São Paulo começa a pagar por Raniel em 2020 — Foto: Marcos Ribolli

 

Tiago Volpi

O São Paulo ainda não definiu a compra de Tiago Volpi em definitivo. Emprestado pelo Querétaro, do México, até o fim de dezembro, o Tricolor tem uma opção de compra fixada em 5 milhões de dólares (aproximadamente R$ 21 milhões).

 

 

Caso decida pela compra, o São Paulo terá de pagar 50% do valor (aproximadamente R$ 10,5 milhões) à vista, até 31 de dezembro, e os outros 50% divididos em parcelas durante 2020.

 

O jogador já sinalizou a sua vontade de permanecer no Tricolor e avisou o Querétaro. O São Paulo, por sua vez, pretende adquiri-lo, mas para isso precisará vender jogadores para balancear as finanças. A ideia da diretoria é receber pelo menos R$ 80 milhões até o fim de dezembro em vendas.

 

Até agosto de 2019, o São Paulo registrou um déficit de 76,5 milhões.

 

Tiago Volpi pode ser comprado pelo São Paulo — Foto: LIAMARA POLLI/ESTADÃO CONTEÚDOTiago Volpi pode ser comprado pelo São Paulo — Foto: LIAMARA POLLI/ESTADÃO CONTEÚDO

Tiago Volpi pode ser comprado pelo São Paulo — Foto: LIAMARA POLLI/ESTADÃO CONTEÚDO

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