Rui Car
10/10/2018 16h40 - Atualizado em 10/10/2018 13h44

Ex-presidente do Flamengo critica a venda de Paquetá: ‘Estranha e inoportuna’

'Como sempre disse minha avó Corina, “o apressado come cru'

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O Flamengo ainda não confirmou oficialmente a venda de Lucas Paquetá ao Milan. Mas o ex-presidente do clube Kléber Leite criticou a postura da atual diretoria, que vai deixar o cargo no fim de 2018, por ter aceito apenas 35 milhões de euros (cerca de R$ 150 milhões) para se desfazer do meia-atacante, cujo a multa rescisória era de 50 milhões de euros. Em seu site, o jornalista chamou de “estranha, e inoportuna para este momento” a venda do jogador de 21 anos.

 

“Estranha na medida em que o valor anunciado – 35 milhões de euros – é bem inferior ao do estipulado em contrato, no caso de venda para o exterior (50 milhões de euros). E, ainda mais estranha, pelo fato de três clubes estarem interessados (PSG, Barcelona e Milan), leilão inevitável em que, através dele, se poderia chegar aos 50 milhões, conforme multa estipulada”, iniciou o ex-dirigente no seu texto.

 

 

“A pressa em vender também causa espanto, na medida em que fere a estratégia de venda pelo melhor preço, além de implicar em possível transtorno técnico, na reta final e decisiva do único título que podemos conquistar, neste ano magérrimo de glórias e robusto nas finanças”.

 

Kléber Leite afirmou que, o normal, é o comprador visitar o vendedor, algo que não aconteceu neste caso. Segundo o ex-cartola, os dirigentes foram para Milão fechar o negócio. Talvez a volúpia, a tara por vender, explique o caso.

 

“Talvez a volúpia, a tara por vender, explique o caso. Agora, na pressa em vender, o preço ficou longe do que se poderia alcançar. Como sempre disse minha avó Corina, “o apressado come cru. Para os torcedores do Flamengo, que só pensam em conquistas, um ano horroroso. Para os dirigentes, que só pensam no dinheiro, um ano… espetacular!!!”, finalizou.

 

Veja o texto na íntegra:

Estranha na medida em que o valor anunciado – 35 milhões de euros – é bem inferior ao do estipulado em contrato, no caso de venda para o exterior (50 milhões de euros). E, ainda mais estranha, pelo fato de três clubes estarem interessados (PSG, Barcelona e Milan), leilão inevitável em que, através dele, se poderia chegar aos 50 milhões, conforme multa estipulada.

 

A pressa em vender também causa espanto, na medida em que fere a estratégia de venda pelo melhor preço, além de implicar em possível transtorno técnico, na reta final e decisiva do único título que podemos conquistar, neste ano magérrimo de glórias e robusto nas finanças.

 

Li que os nossos dirigentes foram para Milão fechar o negócio, quando o normal é o comprador visitar o vendedor. Talvez a volúpia, a tara por vender, explique o caso.

 

E, antes que esqueça, é mais do que necessário se restabelecer a verdade sobre a venda de Vinícius Júnior para o Real Madrid, em que os dirigentes rubro-negros foram elogiados pela inusitada transação, na qual o clube espanhol acabou pagando a multa de 45 milhões de euros, estipulada em contrato.

 

O “mérito” desta negociação foi exclusivamente do representante do jogador. Frederico Pena, que já foi meu assistente na área comercial, extremamente talentoso, conseguiu jogar com a rivalidade entre Real e Barcelona e, desta forma, conseguiu o preço máximo.

 

Agora, na pressa em vender, o preço ficou longe do que se poderia alcançar. Como sempre disse minha avó Corina, “o apressado come cru”.

 

Para os torcedores do Flamengo, que só pensam em conquistas, um ano horroroso. Para os dirigentes, que só pensam no dinheiro, um ano… espetacular!!!”

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