Rui Car
12/06/2019 12h30 - Atualizado em 12/06/2019 08h29

‘Estou com a consciência tranquila e confio na justiça’, diz Bandeira sobre inquérito do CT do Flamengo

A polícia observou os envolvidos sabiam que o contêiner tinha diversas irregularidades estruturais e elétricas

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O ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello falou pela primeira vez sobre o inquérito que o indiciou pelas mortes no incêndio no Ninho do Urubu.

 

Em nota enviada à reportagem, o ex-cartola diz que está tranquilo e que confia na justiça, mas não pode comentar a decisão da Polícia Civil por não ter tido acesso ao relatório.

 

 

“Fui surpreendido com a notícia de hoje, que recebi de vocês e que, obviamente, não esperava receber. Nem eu nem meus advogados tivemos ainda acesso à íntegra do relatório, apenas aos trechos que foram divulgados pela imprensa. Por esse motivo, não posso declarar nada a não ser que estou com a consciência absolutamente tranquila e que confio na justiça”, disse Bandeira.

 

Além do ex-cartola, outras sete pessoas foram indiciadas pelo mesmo crime e de forma dolosa, quando se assume o risco de matar: o monitor Marcos Vinicius, os engenheiros do clube Marcelo Sá e Felipe Ponde, os engenheiros da NHJ Danilo Duarte, Weslley Giménes e Fábio Hilário e o técnico em refrigeração Edson Colman. Nenhum dirigente da atual administração foi responsabilizado.

 

Na investigação, assinada pelo delegado Márcio Petra, a polícia observou os envolvidos sabiam que o contêiner tinha diversas irregularidades estruturais e elétricas; a ausência de reparos dos aparelhos de ar condicionado instalados no contêiner; a ausência de monitor no interior do contêiner e a recusa de assinatura do TAC proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para que fosse regularizada a situação precária dos atletas da base do time.

 

O Ninho do Urubu já voltou a receber jovens para treino e alojamento, depois de a diretoria do Flamengo conseguir um alvará definitivo junto à Prefeitura e também a aprovação nos Bombeiros do projeto contra incêndio e pânico, que permitiu a obtenção do habite-se do Centro de Treinamento. Com a documentação, o juiz da infância liberou a estrutura para uso de menores, incluindo alimentação e pernoite.

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