Rui Car
11/01/2018 17h30 - Atualizado em 11/01/2018 17h37

Copa pela Polônia e retorno ao Brasil: Thiago Cionek busca 2018 dos sonhos

Zagueiro do Palermo naturalizado polonês vive a expectativa de disputar o Mundial

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O ano de 2018 promete ser de fortes emoções para o zagueiro Thiago Cionek. Brasileiro naturalizado polonês, ele vive a expectativa de ser convocado para disputar a Copa do Mundo na Rússia. As experiências com a camisa do país europeu na Euro de 2016 e nas eliminatórias deixam o jogador cheio de esperança de estar na lista final do técnico Adam Nawalka. Além disso, outro sonho pode estar próximo. Seu contrato com o Palermo termina em junho, e há a possibilidade de voltar ao Brasil e fechar com um time da Série A.

 

– Faltam seis meses para acabar o contrato, enquanto estiver aqui farei o máximo para ajudar o Palermo a subir. Faltando seis meses para acabar o contrato, o jogador pode assinar pré-contrato para atuar em outra equipe, alguns clubes me procuraram. Nunca tinha desenvolvido a ideia de voltar para o Brasil, porque desde novo fiz minha carreira na Europa. Mas ultimamente a gente vem conversando com alguns clubes no Brasil, e essa ideia vem me encantando. Tenho essa vontade de jogar a Série A no país em que nasci. É uma oportunidade real e pode ser que aconteça. Mas enquanto eu estiver no Palermo, vou faz o máximo por essa equipe. E dependendo das conversas neste mês, podemos definir um retorno ao Brasil em breve – disse.

 

Thiago Cionek em ação pela seleção da Polônia (Foto: Adam Nurkiewicz/Getty Images)Thiago Cionek em ação pela seleção da Polônia (Foto: Adam Nurkiewicz/Getty Images)

Thiago Cionek em ação pela seleção da Polônia (Foto: Adam Nurkiewicz/Getty Images)

 

Série B e volta por cima do Palermo:

– 2017 foi um de sentimentos distintos. O Palermo caiu, foi um momento triste. É um time grande, de tradição na Itália. Mas nessa temporada estamos conseguindo fazer uma boa campanha, liderar a Série B e com grande expectativa de voltar para a Série A. Falta muito, mas estamos na estrada para conseguir esse objetivo. Pela seleção foi muito bom, depois de uma grande campanha na Euro conseguimos a classificação para a Copa do Mundo. Temos seis meses, é uma espera gostosa, mas temos que chegar preparados para corresponder.

 

História na seleção polonesa:

– A minha experiência na seleção da Polônia começou em maio de 2014. Quando tive a primeira oportunidade, ainda defendia o Modena, da Itália. Tive a oportunidade de estrear em um amistoso antes da Copa contra a Alemanha. Foi uma estreia de luxo, e desde então sempre fui convocado. Joguei a Euro e as eliminatórias, espero continuar nesse caminho e convencer o técnico de que mereço estar na Copa. Joguei na Polônia por quatro anos, sou descendente de polonês, minha noiva é polonesa. A Polônia me deu tudo na minha carreira, representar o país é muito mais do que ser apenas naturalizado e jogar por outra seleção. Tenho essa origem, é um orgulho e um prazer muito grande. Existe uma expectativa muito grande em cima da equipe por resultados.

 

Zagueiro afasta o perigo em um jogo contra a Fiorentina (Foto: Tullio M. Puglia/Getty Images)Zagueiro afasta o perigo em um jogo contra a Fiorentina (Foto: Tullio M. Puglia/Getty Images)

Zagueiro afasta o perigo em um jogo contra a Fiorentina (Foto: Tullio M. Puglia/Getty Images)

 

Abaixo-assinado por sua naturalização:

– Começou assim a história do abaixo-assinado. Em 2008, eu tinha 21 anos ainda e fui para a Polônia. Joguei por quatro anos no Jagiellonia Bialystok e todo mundo sabia da minha história, que eu buscava a cidadania polonesa. Uma questão de família. Eu comecei a correr atrás quando cheguei, em 2010 não tinha ainda resposta da documentação e minha equipe estava muito bem, ganhamos a Copa da Polônia. Eles sabiam da minha história e fizeram um abaixo-assinado para me ajudar. Mandaram para o presidente para agilizar o processo, depois disso foi muito rápido.

 

Série B preocupa para a convocação?

– Foi conversado esse tema quando o Palermo caiu, é preciso estar em campeonato de alto nível para jogar na seleção. Mas o Palermo é um time de tradição, está jogando para voltar para a elite. O que vai definir a convocação é o rendimento. Tanto que fui convocado para a Polônia nos últimos jogos atuando pelo Palermo.

 

Thiago Cionek participa de evento pelo Palermo (Foto: Tullio M. Puglia/Getty Images)Thiago Cionek participa de evento pelo Palermo (Foto: Tullio M. Puglia/Getty Images)

Thiago Cionek participa de evento pelo Palermo (Foto: Tullio M. Puglia/Getty Images)

 

Chances da Polônia na Copa:

– A Polônia vem crescendo a cada ano, conquistando objetivos incríveis. Temos um grupo sólido, equilibrado. Fizemos ótima campanha na Euro, fomos eliminados sem perder um jogo, fomos eliminados nos pênaltis para Portugal. Nas eliminatórias, também fizemos uma boa campanha. Claro que é um grupo difícil, a Colômbia tem muito potêncial. Senegal é uma equipe africana em que quase todos os jogadores atuam na Europa, são destaques em suas equipes. Japão é um futebol diferente que tentaremos nos adaptar. Não terá jogo fácil, mas não colocamos meta e limite para a nossa seleção. Vamos pensar jogo a jogo.

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