Rui Car
12/11/2019 14h52

Com dívidas e baixo orçamento, Figueirense pede ajuda: “Qualquer doação é bem-vinda”

Furacão busca apoio para não terminar ano ainda mais no vermelho

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Globo Esporte

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Com dívidas e orçamento comprometido para fechar a temporada, o Figueirense pediu apoio financeiro da torcida. Pela rede social do clube, o presidente Francisco de Assis Filho explanou os problemas e espera contar com a ajuda de todos para terminar o ano sem atrasos salariais, algo que levou o Furacão a um inédito W.O. contra o Cuiabá, pela Série B e, posteriormente à rescisão contratual com a empresa Elephant.

 

O Furacão disponibilizou o número da conta bancária para contar com as doações.

 

– O Figueirense atravessa um dos períodos mais difíceis de sua história, fruto de uma experiência de gestão empresarial mal sucedida, com parcerias que não honraram os compromissos, gerando uma crise financeira sem precedentes. Graças a imensa torcida e da reação de associados, dirigentes, decidimos romper o contrato e retomar o clube. Sabemos que não será fácil, pois os desafios são muito grandes esportivamente e financeiramente. Por isso, após recebermos inúmeras manifestações de apoio e incentivo, resolvemos promover uma corrente de solidariedade para recuperarmos o Figueirense. E toda e qualquer colaboração será muito bem vinda. Com transparência e prestação de contas, estamos pedindo ajuda a você torcedor, associados, ao simpatizante dessa instituição quase centenária que tanto orgulho já trouxe ao nosso estado e a nossa gente. A sua doação, qualquer que seja, será valorizada e muito bem aplicada. E ficará registrada nos anais do mais querido clube do futebol catarinense – disse o presidente.

 
 

O rombo financeiro do Figueirense se arrasta há anos e aumentou após a quebra unilateral de contrato com a empresa Elephant, que comandava o futebol desde 2017. A diretoria atual reassumiu o clube praticamente zerado no orçamento. Com esforço de diretores e empresários de Florianópolis, as contas emergenciais estão sendo pagas, mas o temor é não conseguir quitar os salários dos atletas e funcionários até o fim do ano.

 

 

Em 2018, o Figueirense divulgou ter uma dívida de mais de R$ 100 milhões. Em 2019, ainda sob a gestão da Elephant, o clube chegou a uma situação insustentável, com atrasos salariais, falta de comida para a base, dívidas com fornecedores, etc.

 

 

Francisco de Assis Filho pediu ajuda da torcida e simpatizantes — Foto: Patrick Floriani/FFCFrancisco de Assis Filho pediu ajuda da torcida e simpatizantes — Foto: Patrick Floriani/FFC

Francisco de Assis Filho pediu ajuda da torcida e simpatizantes — Foto: Patrick Floriani/FFC

 

Desde a rescisão unilateral, em agosto, a diretoria fechou seis patrocínios na camisa e contou com a ajuda da torcida, que lotou o Orlando Scarpelli em partidas como Bragantino e Criciúma.

 

Em campo, além de perder por W.0., o time chegou a ficar 18 rodadas sem vencer. A recuperação começou justamente após a saída da Elephant. São oito jogos de invencibilidade e, para amenizar a situação, só depende de si para não ser rebaixado. Nesta terça-feira, visita a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, às 20h30, pela 35ª rodada da Série B.

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