Rui Car
08/07/2019 10h20 - Atualizado em 08/07/2019 08h51

Após brilhar na seleção, Everton fala de assédio: ‘Saída do Grêmio pode estar próxima’

O jogador terminou como artilheiro do torneio sul-americano

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Único titular da seleção campeã da Copa América que atua no futebol brasileiro, o atacante Everton falou pela primeira vez, de forma aberta, que a saída do Grêmio rumo à Europa pode estar mais perto. O jogador havia pedido para não ser informado de nenhuma proposta durante a disputa da competição, mas sinalizou que a partir desta segunda-feira vai tomar pé da situação, embora queira ajudar seu clube na quarta-feira, contra o Bahia, pela Copa do Brasil.

 

– Ainda não caiu a ficha. Queria que se chegasse alguma coisa não me fosse comunicado. A partir de amanhã pode cair a ficha. Possivelmente uma saída do Grêmio pode estar próxima, mas ainda sou jogador e quarta-feira tem uma batalha difícil, pretendo ajudar – disse o Cebolinha.

 

O jogador, que marcou três gols na Copa América, e terminou como artilheiro do torneio sul-americano, também deixou claro que sua participação mais efetiva se deveu ao corte de Neymar.

 

– Se Neymar estivesse, eu teria poucas oportunidades. E eu pensava em aproveitar da melhor maneira. Mas ele se lesionou, eu tive mais oportunidades e pude corresponder – disse um sincero Everton na zona mista após a vitória sobre o Peru.

 

Autor do primeiro gol na final, o atacante admitiu também que o carinho das arquibancadas nos jogos pela seleção foi maior e usado como combustível para lhe dar mais confiança. O que motivou uma reflexão sobre o motivo de mais atletas que atuam no Brasil não terem oportunidade como a dele.

 

– Essa proximidade, de jogar no futebol brasileiro, foi muito especial, me ajudou em campo, o carinho da torcida. Muitas vezes a gente valoriza muito quem está lá fora, futebol europeu, esquece as nossas raízes. Tem jogador aqui no Brasil que tem condição de estar na seleção com esse grupo que é excelente. É preciso olhar mais para o futebol brasileiro – disse Everton, que antes respondeu a perguntas de jornalistas estrangeiros sobre ligas europeias, e as elogiou.

 

– Quando se joga em alto nível você pensa nas grandes ligas européias. Estou tranquilo, tem que se adaptar o mais rápido possível – disse, já com a chave virada para as possíveis ofertas que devem aparecer diante de seu desempenho na Copa América.

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