Rui Car
05/12/2018 15h10 - Atualizado em 05/12/2018 14h06

Pesquisador gaúcho cria aparelho que emite alerta quando um idoso cai

Identifica a queda e emite um alerta aos familiares para que prestem socorro

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Com o avanço da idade é comum que o idoso tenha dificuldade para caminhar ou levantar-se com rapidez, e sua autonomia passa a ser limitada. Apesar disso, muitos são os que procuram realizar suas atividades sem qualquer ajuda. Assim, as quedas passam a ser frequentes e, principalmente para aqueles que ainda querem morar sozinhos, um risco. Pensando nessa questão, Guilherme Torres, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desenvolveu um dispositivo que emite um alerta quando o idoso cai.

 

Torres é mestre em Controle e Automação pela UFRGS e quando iniciou o curso de pós-graduação na área, há pouco mais de dois anos, colocou como objetivo principal a busca por soluções tecnológicas, eficientes e sustentáveis, para problemas que afetam a terceira idade. Durante seu trabalho de pesquisa, ele percebeu que as quedas eram um problema frequente nessa faixa etária. Começou então a ganhar forma um dispositivo vestível que detecta tombos.

 

Torres explica que há casos em que o idoso que mora sozinho cai e leva dias até conseguir se levantar do chão, sem que alguém saiba. Portanto, o aparelho funcionará como um circuito de dispositivos interligados por rede sem fio que identifica a queda e emite um alerta para que os familiares prestem socorro. Ele não evita a queda, no entanto.

 

Com o dispositivo, portanto, situações como essa podem ser evitadas. É que o equipamento ficará acoplado à roupa, na altura do peito, para possibilitar o reconhecimentos e distinção de movimentos conscientes – como caminhar, correr e sentar – dos involuntários, como cair. “Como conhecemos os movimentos que não são de queda, comparamos esses com os de queda e conseguimos descobrir certos padrões que identificam a ambos”, explica Torres. “Quando o usuário cai, se identifica qual é o sinal que aparece e o dispositivo emite um alarme que é recebido pela casa inteligente e pode ser subido à internet”, completa o pesquisador.

 

Inicialmente o dispositivo foi testado em casas inteligentes que contam com sensores espalhados em todos os ambientes. Mas já há a preocupação de que ele seja adaptado às residências comuns. Além disso, Torres já avalia aprimorar o aparelho, trabalhando na sua miniaturização.

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