Rui Car
08/01/2020 13h25 - Atualizado em 08/01/2020 07h59

Catarinenses avaliam primeiro ano do presidente Jair Bolsonaro

Pesquisa do Grupo ND realizada pela Síntese Pesquisa, de Joinville atribuiu nota média geral de 5,07 para o desempenho em 2019

Assistência Familiar Alto Vale
Jair Bolsonaro foi avaliado pelos catarinenses na pesquisa feita pela Síntese, de Joinville. Foto: Isac Nóbrega/PR/Divulgação/ND

Jair Bolsonaro foi avaliado pelos catarinenses na pesquisa feita pela Síntese, de Joinville. Foto: Isac Nóbrega/PR/Divulgação/ND

Delta Ativa

Após garantir 75,92% da preferência no segundo turno das eleições presidenciais para o então candidato Jair Bolsonaro (sem partido), os catarinenses avaliaram o primeiro ano do mandato do presidente da República. As opiniões foram dadas na pesquisa do Grupo ND realizada pela Síntese Pesquisa, de Joinville.

 

Em notas de 0 a 10, os 1.100 entrevistados de 20 cidades de Santa Catarina atribuíram nota média geral de 5,07 para o desempenho de Bolsonaro em 2019.

 

 

Jair Bolsonaro foi avaliado pelos catarinenses na pesquisa feita pela Síntese, de Joinville. Foto: Isac Nóbrega/PR/Divulgação/ND

 

A melhor avaliação de Bolsonaro em Santa Catarina foi na região Serrana, onde a nota média foi de 5,91. No entanto, a pior avaliação do presidente ocorreu na Grande Florianópolis, com nota média de 4,10. As melhores médias do presidente da República, com nota 8, foram obtidas no Sul e no Oeste. Além disso, nas demais regiões, Bolsonaro obteve as seguintes médias: Sul (5,60), Vale do Itajaí (5,10), Norte (5,04) e Oeste (5,52).

 

 

Reeleição?

O desempenho de Bolsonaro no primeiro mandato, entretanto, não inspira o eleitor catarinense a acreditar numa possibilidade de reeleição. Dos 1.100 entrevistados, 24,64% disseram que votariam em Bolsonaro caso ele optasse por tentar a reeleição em 2022. Por outro lado, 49,73% foram contrários a uma candidatura à reeleição. Para outros 23,18% “talvez” Bolsonaro possa concorrer, e 2,45% “não sabe/não opinou”.

 

Ao serem perguntados sobre qual foi o maior acerto de sua gestão, a maioria dos catarinenses (54,44%) não soube ou não opinou. Para 16,18% dos entrevistados não houve acertos. A realização da Reforma da Previdência, no entanto, foi um dos principais acertos atribuídos ao primeiro mandato de Jair Bolsonaro.

 

Outros acertos apontados: obrigar os presos a trabalharem, investimentos na segurança nacional, ser transparente e honesto, crescimento da economia e liberação do FGTS obtiveram as melhores médias percentuais.

 

 
Arte: Rogério Moreira Júnior
 

Previdência sim, Previdência não

Por outro lado, 48,17% dos entrevistados não souberam opinar sobre o maior erro do primeiro ano de mandato de Bolsonaro. Outros 13,09% destacaram a postura inadequada de Bolsonaro para o exercício do cargo. Embora citada como acerto, na pergunta anterior, a Reforma da Previdência também é encarada como erro por 10,09% dos entrevistados.

 

Em seguida vem a liberação do porte de armas (3,91%) e do envolvimento da família na gestão (2,64%). Outras ações polêmicas, como a falta de atenção com a questão ambiental e a Reforma Trabalhista também foram classificadas como erros pelos entrevistados.

 

Deputados e Senadores

Avaliado em conjunto, o desempenho dos deputados estaduais e federais e dos senadores de Santa Catarina recebeu nota média de 4,70, ou seja, abaixo dos desempenhos atribuídos ao governador Carlos Moisés (5,60) e ao presidente Jair Bolsonaro (5,07). Os parlamentares catarinenses receberam a melhor média na região Serrana, com nota 5,72, e a pior na região Norte, com nota 4,55.

 

Arte: Rogério Moreira Júnior

 

A pesquisa também buscou identificar o perfil de candidato mais desejado atualmente pelo eleitorado e o discurso de renovação na política continua em alta após as últimas eleições, já que 44,73% dos entrevistados preferem um político em início de carreira, enquanto apenas 16,64% apostam em um político tradicional. Para 10,73% dos entrevistados, a melhor opção seria uma pessoa da comunidade disposta a concorrer, sem cargo, mandato ou função pública. As menores médias foram para um candidato da área de segurança (PM, Civil, Exército, Bombeiro, etc.), que somou 4,91%, e um empresário que não tenha exercido papel publico até o momento (4,55%).

 

Arte: Rogério Moreira Júnior

 

Em uma questão com resposta estimulada, os entrevistados também foram maioria (79%) ao revelarem que dão preferência para o candidato em detrimento ao partido, enquanto apenas 3,18% são partidários, indiferente do candidato. Já o candidato em partido de direita teve a preferência de 3,18% dos entrevistados, contra 1,45% do candidato em partido de esquerda, enquanto 8,82% dá preferência para candidatos que não estiverem em nenhum dos lados da polarização que marcou o último pleito presidencial.

Justen Celulares