Rui Car
24/10/2019 16h59 - Atualizado em 24/10/2019 15h21

Jorge Bornhausen diz que centro apoiará Luciano Huck para enfrentar Bolsonaro em 2022

Para Bornhausen, Huck deve disputar com o candidato do PT a vaga no segundo turno

Assistência Familiar Alto Vale
Por Dagmara Spautz - NSC

Por Dagmara Spautz - NSC

Delta Ativa

O ex-governador de Santa Catarina e ex-senador Jorge Bornhausen afirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que o “centrão” deve apoiar o apresentador Luciano Huck para enfrentar Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das próximas eleições presidenciais, em 2022.

 

Em entrevista ao jornalista Igor Gielow, Bornhausen, que se mantém como um relevante conselheiro político da centro-direita nacional – embora tenha deixado oficialmente a vida pública – disse acreditar que Huck ocupará o espaço que muitos hoje apontam pertencer ao governador de São Paulo, João Dória (PSDB).

 

 

“Falta a ele (Dória) uma condição política importante: ser paciente. Ele deveria esperar. Ele não tem grupo político, não conversa”, afirmou o ex-governador à Folha.

 

Luciano Huck tem ensaiado a entrada na política desde as últimas eleições. Acabou recuando, mas não teria desistido de disputar a presidência em uma eleição futura.

 

Para Bornhausen, Huck deve disputar com o candidato do PT a vaga no segundo turno. Ele acredita que o presidente manterá sua base de apoio, em torno de 30%, o que o levará ao segundo turno das próximas eleições.

 

Bolsonaro

Bornhausen também falou a Gielow sobre Bolsonaro. Disse que votou no presidente no segundo turno (foi de Alckmin no primeiro) por exclusão – se nega a votar no PT, partido com o qual mantém uma rivalidade histórica. Elogiou parte da equipe do governo, como Paulo Guedes (ministro da Economia), Tereza Cristina (Agricultura) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura). Mas foi crítico à ala ideológica e ao “conjunto da obra”.

 

“Bolsonaro conseguiu fazer o que nunca conseguimos, juntar o centro, os bons e os ruins”, afirmou.

 

No cenário atual da política brasileira, o ex-governador diz acreditar que o Brasil caminha para o parlamentarismo. E aposta em 50% de chance de que isso ocorra já em 2022.

Justen Celulares