Rui Car
22/02/2019 16h10 - Atualizado em 22/02/2019 15h01

Novos deslizamentos impedem obras em Estrada de Rio do Sul

Apesar do Município já ter recebido o recurso, trabalhos vão depender de novo levantamento topográfico

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pesar de o Município de Rio do Sul já ter recebido o recurso do Governo Federal referente à recuperação da Estrada São José, no bairro Santana, as obras ainda não podem ser iniciadas por causa de novos deslizamentos no local. Com a movimentação de terra os trabalhos vão depender de um novo levantamento topográfico.

 

De acordo com o secretário de Infraestrutura da prefeitura de Rio do Sul, Aldonir Xavier, depois do último temporal que aconteceu em dezembro, houve mais uma movimentação de terra no local e o projeto que se tinha até então na Defesa Civil, não pode mais ser utilizado. “O projeto vai sofrer alterações e diante disso a gente realizou um novo estudo ali na região”.

 

Ele disse ainda, que há a negociação entre a Prefeitura e alguns proprietários de imóveis próximo ao local do deslizamento, para que seja autorizada a construção de um novo acesso no bairro.

 

“Estamos conversando com dois proprietários de imóveis próximos ao local, para que eles nos autorizem a fazer um novo acesso ao bairro, então isto está em fase de negociação e a gente deve estar finalizando essas tratativas na próxima semana”.

 

Aldonir finalizou dizendo que serão apresentadas duas alternativas aos moradores. “Ou nós alteramos o projeto do muro e executamos o muro naquele local, ou fizemos um acesso com uma via mais larga, com drenagem, dando acesso pela região do Alto Santana. Mas, não temos nada definido ainda com relação aos proprietários, se vão autorizarem ou não”.

 

O diretor da Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Rio do Sul, Moacir Cordeiro, informou à redação do Diário do Alto Vale que o novo levantamento topográfico ainda não foi concluído, mas que o recurso de R$ 473.359,13 para a obra inicialmente prevista, já está na conta do Município.

 

Moradores enfrentam dificuldades

Enquanto o problema não é resolvido, moradores aguardam a reconstrução passando por dificuldades. É o caso de Fernanda Neri Carvalho, que mora há quase 10 anos em uma casa bem próximo ao local onde houve o deslizamento e disse que agora, ficou mais complicado para chegar em alguns locais.

 

“Para nós prejudicou muito, principalmente para irmos até o Posto de Saúde, que antes conseguíamos ir de táxi, mas agora fica mais longe, então temos que ir a pé, com as crianças no colo correndo risco de cair”.

 

Para a moradora, a situação é ainda mais difícil por ter uma criança com necessidades especiais. “Tenho também uma filha que vai na Apae [Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais] e complica mais ainda o transporte dela para ir à escola”.

 

Fernanda ainda conta que o jeito, é apelar para as redes sociais.

 

“As minhas vizinhas aqui vez ou outra postam fotos nas redes sociais, porque é difícil essa situação. Nós todos temos crianças aqui, que estudam em colégios para baixo da estrada e passar por ali a pé está muito perigoso e se chega a cair uma criança ali também, imagina a tragédia”.

 

Jenifer Cristine de Castro, é outra moradora que se diz preocupada. Ela conta que além das dificuldades de não ter mais acesso à estrada, a atual situação gera medo aos já que a cada chuva, novos movimentos de terra são percebidos.

 

“Cada vez que chove desbarranca mais e é perigoso para nós, não sentimos segurança. E além disso, enche tudo de lama, às vezes até daria de passar por ali mas não passo por isso”.

 

 

 

Por: Elisiane Maciel – Jornal Diário do Alto Vale

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