Rui Car
22/09/2018 22h00 - Atualizado em 21/09/2018 14h29

Quadrilha é condenada a 88 anos de prisão em SC pelo tráfico de 1,4 tonelada de maconha

Para o magistrado, não há dúvida que a associação criminosa trabalhava como uma empresa

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TJ/SC

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O juiz Gilberto Gomes de Oliveira Júnior, titular da Vara Criminal de Navegantes, condenou uma quadrilha à pena total de mais de 88 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico no Vale do Itajaí. Cinco homens e uma mulher comercializavam entorpecentes em cinco municípios da região e foram flagrados com quase 1,4 tonelada de maconha e R$ 21,8 mil em espécie, em junho do ano passado. Um dos líderes do grupo também foi condenado pelo crime de porte ilegal de arma de uso restrito.

 

Para o magistrado, não há dúvida que a associação criminosa trabalhava como uma empresa. “Denota-se que os denunciados estavam associados de maneira permanente para a prática da traficância, inclusive com a divisão de tarefas delimitadas”, relatou o magistrado na sentença. Segundo a denúncia do Ministério Público, os condenados planejavam abrir uma empresa de transportes para “esquentar a carga”. A quadrilha foi desarticulada com base em uma denúncia anônima de tráfico de drogas à Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil.

 

Com o endereço do suposto depósito, os policiais montaram campana e flagraram um caminhão-baú quando chegava ao local com uma grande quantidade de pacotes. Também ficou comprovado que havia um homem num automóvel na escolta do veículo de carga. No dia seguinte, os policiais realizaram a apreensão de 1,139 tonelada de maconha no depósito, que era chamado de “mocó” pelos criminosos. Na sequência das diligências, os policiais encontraram mais 250 quilos no veículo do batedor.

 

Além do motorista e do batedor, o segurança do esconderijo e dois financiadores da maconha também foram presos em flagrante.  Um dos donos da droga tinha em sua residência uma pistola 9 mm, de uso restrito das Forças Armadas. Foram apreendidos quatro veículos, um deles importado. Seis dias após o flagrante, a esposa de um dos financiadores, que havia assumido a venda das drogas, também foi presa pelos mesmos crimes em razão de anotações encontradas em sua residência. De acordo com o processo, a droga era proveniente do estado do Paraná (Autos 0001417-05.2017.8.24.0048).

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