Rui Car
19/06/2018 11h11 - Atualizado em 19/06/2018 10h24

Lideranças do Alto Vale cobram manutenção e mais investimentos na BR-470/SC

Expectativa é de mais investimentos na rodovia federal

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Acirs

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A Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS) recebeu na sexta-feira (15) empresários, entidades e lideranças políticas, como o Deputado federal Rogério Mendonça, que expuseram a preocupação que têm não apenas com o ritmo das obras de duplicação, mas também com os contratos relacionados à manutenção da rodovia.

 

“Levantamos alguns tópicos como a execução completa do CREMA 2, o que se refere à manutenção; a sinalização e segurança viária por meio do Programa BR Legal e a supressão vegetal”, conta o diretor de relações institucionais da ACIRS, Eduardo Schoroeder.

 

Segundo o superintendente do DNIT Santa Catarina, Ronaldo Carioni Barbosa, a principal justificativa para a lentidão das obras e falta de manutenção é a escassez de recursos. “Estamos hoje com um projeto que prevê uma estrutura bastante robusta, então não há dinheiro para tal. Com isso, o supervisor local do DNIT, Cristhiano Zulianello, nos colocou a sugestão de diminuir a estrutura, mas fazer algo, já que não é possível entregar o necessário”.

 

Segundo Carioni, o projeto para a reabilitação da rodovia está passando por adequações. Com isso, o pavimento previsto não irá durar 10 anos, como proposto no projeto, pelo fato de ter um alto custo. A previsão é de que seja feita uma obra que tenha uma menor durabilidade, de três a quatro anos, mas que supra a necessidade atual da região em melhorias e fique dentro do orçamento disponível. “Já que não podemos fazer o ideal, buscaremos fazer pelo menos o ‘bom’”.

 

“De forma geral, o que falta é recurso e o Fórum Parlamentar Catarinense tem papel fundamental nisso. Enquanto não for conseguida essa verba, não teremos solução”, pontua o diretor de relações institucionais da ACIRS.

 

Na reunião, as entidades alertaram também para a importância de obras como a recuperação e reabilitação da ponte sobre o Rio Itajaí II, entre Ibirama e Apiúna. A ACIRS teve acesso a um laudo técnico de inspeção da ponte, ainda no ano passado. Discutiu-se também a contratação de empresa especializada para supressão vegetal na faixa de domínio da rodovia, entre Ibirama e o acesso a Otacílio Costa. O inventário florestal que identificou as árvores onde a poda e o corte são necessários já foi entregue ao DNIT.

 

“A reunião foi muito positiva. As lideranças da região não estão com a visão de criticar o órgão, estão dispostas a ajudar e isso é bem-vindo. Nós vamos dar respostas para a região de Rio do Sul. Nos cobrem, porque somos servidores públicos e estamos aqui para servir e cobraremos também da nossa bancada política para que venham mais recursos e possamos fazer”, coloca superintendente do DNIT Santa Catarina.

 

Durante a reunião, o superintendente também fez uma explanação sobre as obras de duplicação da BR-470/SC e se posicionou sobre a proposta de concessão da rodovia. “Construção é papel do DNIT. Se não brigarmos para que a duplicação seja feita com recursos da união, este dinheiro irá para outros estados. O que precisamos fazer, enquanto DNIT, é garantir que a obra avance em todos os lotes. Estamos empenhados nisso. Se estivermos trabalhando, os recursos virão”. Carioni lembrou ainda que a concessão não é garantia de que as obras sejam entregues nos prazos, como é o caso do contorno viário da grande Florianópolis.

 

“Temos sentido no DNIT uma boa vontade em auxiliar, dar mais atenção a BR-470 e procurar uma saída flexível. Isso no passado era impossível para o DNIT, e assim o fórum parlamentar não se ateve em buscar uma solução alternativa, por isso ficamos tantos anos sem a devida atenção e investimento para a rodovia que cruza o Vale do Itajaí”, afirma o diretor de relações institucionais da ACIRS.

 

Nos próximos dias, a expectativa do DNIT é que haja a liberação de pelo menos R$ 50 milhões em emendas parlamentares para a duplicação da BR-470/SC. Com relação ao corte de R$ 23 milhões na dotação orçamentária para 2018, efetuado pelo governo federal em maio, a expectativa da superintendência é de que os recursos ainda sejam recuperados.

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