Rui Car
22/05/2017 16h12 - Atualizado em 22/05/2017 15h19

PSOL deve ingressar com pedido de impeachment contra Colombo nesta semana

"Denuncias comprometem toda governança da cúpula no Estado"

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Após divulgação da delação premiada de dois empresários da JBS no fim da semana passada, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) decidiu ingressar com um novo pedido de impeachment ainda nesta semana contra Raimundo Colombo (PSD). De acordo com o vereador de Florianópolis Afrânio Boppré, que já havia assinado outra solicitação de cassação no final do mês passado, a revelação de pagamentos para financiar a campanha do governador de SC em 2014 com o objetivo de conseguir “facilidades na licitação” da Casan, compromete toda a governança da cúpula no Estado. 

 

— Nós vamos fazer uma segunda representação provavelmente esta semana. As alegações são muito fortes e comprometem muito o governador. A abertura desse processo não significa condenação e pode até fragilizar o governo. No entanto, se for provado o contrário, com certeza ele sairá mais fortalecido — afirmou o vereado Afrânio Boppré. 

 

Se confirmada a petição, este será o quarto pedido de impeachment- e o segundo somente nesta semana. Em outubro do ano passado, representantes da Federação Nacional de Servidores dos Tribunais de Contas decidiram enviar um pedido de impeachment para a Alesc. Na época, a solicitação de cassação baseava-se na auditoria promovida pelo TCE-SC e que constatou a prática ilegal na doação pela Celesc ao Fundosocial em 2015. O pedido foi arquivado pelo então presidente Gelson Merisio (PSD), sob alegação de problemas na forma do documento. No entanto, nesta terça-feira, o mesmo texto deve ser enviado novamente para a casa. 

 

Além dele, no fim de abril a bancada do PSOL na Câmara de Vereadores de Florianópolis ingressou com outra petição. Diferente do anterior, o documento tinha sustentação na primeira delação feita por dois diretores da Odebrecht sobre doação de recursos para a campanha do governo em 2010. O pedido agora aguarda aval do presidente da Assembleia para ser discutido em plenário. 

 

— O presidente deve dar o parecer desse outro pedido. Estamos aguardando, mas esse novo pedido será sobre outra coisa. A razão é mesma, mas o delação é de outras pessoas — confirmou Boppré. 

 

Nesta manhã, Colombo negou as denuncias e afirmou que as falas dos delatores foram unilaterais e que não há “nenhuma prova”.

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