Rui Car
24/01/2017 16h45 - Atualizado em 24/01/2017 15h11

Supermercados da região de Ibirama já começam a se adequar a nova lei

Hoje consumidores com algum tipo de restrição alimentar têm dificuldade em encontrar produtos

Assistência Familiar Alto Vale
Hoje consumidores com algum tipo de restrição alimentar têm dificuldade em encontrar produtos (Assessoria de Imprensa)

Hoje consumidores com algum tipo de restrição alimentar têm dificuldade em encontrar produtos (Assessoria de Imprensa)

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Uma lei estadual sancionada na semana passada pelo governador Raimundo Colombo determina que supermercados e estabelecimentos que comercializam produtos alimentícios têm um prazo de 180 dias para colocar em destaque, em local único e específico, produtos destinados a celíacos, diabéticos e intolerantes à lactose. O objetivo é facilitar a localização pelos consumidores com alguma restrição alimentar. Na região muitos comércios já estão se adequando.

 

De acordo com a lei, os produtos deverão ser separados fisicamente, destacados dos demais e expostos com sinalização com as expressões “sem glúten”, “diet” e “sem lactose”, possibilitando a fácil visualização e entendimento.

 

O gerente de Saúde da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Ibirama, Amarildo José Moser, explica que a exposição pode ser feita em um setor, um corredor, uma gôndola, prateleira ou mesmo um quiosque, desde que os itens sejam separados e destacados dos demais. “Geralmente doenças como a celíaca são incuráveis então o que temos que fazer é trabalhar realmente na prevenção, por isso essa nova lei é tão importante. Hoje muitas vezes a pessoa vai ao supermercado e não encontra nenhum tipo de sinalização em relação a esses produtos, mas agora vai facilitar muito.”

 

O gerente ressalta que em caso de descumprimento da lei nº 17.077, o estabelecimento será penalizado primeiramente com uma advertência por escrito e se não se adequar, poderá receber multa no valor de R$ 1 mil por infração. “Esse valor também dobra se o estabelecimento for reincidente”, alerta.

 

O gerente de um supermercado de Ibirama, Valdir César Fiamoncini afirma que na loja onde ele trabalha, que faz parte de uma rede, parte dos produtos para consumidores com restrições alimentares já eram colocados em um local separado, mas agora eles já trabalham em novas mudanças. “Já trabalhamos com um espaço diferenciado para produtos sem lactose, sem glúten, light e diet, mas agora com essa nova lei vamos juntar todo o mix em um único espaço. Para isso o departamento de marketing da nossa rede já trabalha na nova identificação visual.”

 

Consumidores comemoram

A servidora pública Sandra Paul, é intolerante à lactose e comemorou a aprovação da nova lei. Ela conta que hoje tem dificuldade de encontrar os produtos que pode consumir no supermercado. “Hoje eles estão todos juntos. O leite condensado normal, por exemplo, fica junto com o sem lactose, e a gente sempre tem que ficar procurando. Se for tudo separado será muito mais fácil.”

 

Mesmo com a mudança, Sandra também acredita que ainda é preciso avançar para garantir a saúde de pessoas com restrições alimentares. “Hoje os produtos sem lactose são bem mais caros que os normais, o que dificulta o acesso, sem contar que percebo que ainda falta muita variedade. Diversos produtos a gente não encontra, mas essa nova lei já foi um avanço.”

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