Basta olhar para as camisas dos peruanos para entender a razão para tamanha confiança e euforia em relação à seleção. A maioria dos torcedores carregava o mesmo número e nome nas costas: o 9 de Paolo Guerrero. E a vitória do Peru por 3 a 1 sobre a Bolívia foi, de fato, especial para o atacante.
– Sabia que tinha que alcançar a bola, decidi driblar o goleiro e pude converter. O mais importante é que a equipe deu tudo de si. Começamos com certas dúvidas. E a Bolívia, sem fazer muito, teve um pênalti. Isso nos abateu muito e perdemos a calma. Mas graças a Deus pude marcar, é isso nos deu mais calma – declarou.
O peruano se igualou a Eduardo Vargas, do Chile, como maior goleador em atividade da Copa América, com 12 marcados. Levando em consideração os jogadores que já se aposentaram, Guerrero é o 10º que mais balançou as redes no torneio. O gol de ontem também o fez se isolar ainda mais na artilharia de sua seleção, com 38.
– Mais importante é o trabalho em equipe. Mais além do que eu possa conseguir individualmente. Já me sinto muito feliz pelo sacrifício da equipe.
Como o Peru segue vivo no Brasil, ele ainda pode melhorar suas marcas. Afinal, se há uma competição em que Guerrero costuma se sentir à vontade é a Copa América. Já marcou em cinco edições do torneio (2007, 2011, 2015, 2016 e 2019). Nas edições de 2011, na Argentina, e de 2015, no Chile, sagrou-se o artilheiro.
Confira os artilheiros históricos da Copa América (gols-nome-país):
17 Norberto Méndez-ARG
17 Zizinho
15 Varela-URU
15 Teodoro Fernández-PER
13 Moreno-ARG
13 Batistuta-ARG
13 Ademir Menezes
13 Jair Rosa Pinto
13 Scarone-URU
12 Eduardo Vargas-CHI
[12] GUERRERO-PER
12 Romano-URU
12 Porta-URU