Rui Car
17/07/2018 17h00 - Atualizado em 17/07/2018 13h43

Cyborg rebate Amanda: “Não nos promoveram antes, por que vão mudar agora?”

Campeã peso-pena reclama de longa espera por luta

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Cris Cyborg não engoliu o argumento de Amanda Nunesde que o UFC precisa de tempo para promover a superluta entre elas. Disposta a enfrentar a baiana na primeira data que foi oferecida às duas, em 8 de setembro no UFC 228, ou em fazer outra luta antes da segunda data que foi aceita por Amanda, no UFC 232 de 29 de dezembro, a campeã peso-pena do Ultimate lembrou das dificuldades que ambas tiveram com a organização no passado para derrubar a premissa de sua compatriota.

 

Cris Cyborg não concorda com a data da luta contra Amanda Nunes em dezembro  (Foto: Infoesporte)Cris Cyborg não concorda com a data da luta contra Amanda Nunes em dezembro  (Foto: Infoesporte)

Cris Cyborg não concorda com a data da luta contra Amanda Nunes em dezembro (Foto: Infoesporte)

 

– Quando ela enfrentou Miesha Tate e Ronda Rousey, ninguém a promoveu. Quando enfrentei Holly Holm, não me promoveram. Por que vão nos promover agora? Não é sobre promoção. Não sabemos quem vai ser a co-luta principal em dezembro também. Já falei ao UFC, estou saudável agora, não quero esperar nove meses, quero lutar agora – argumentou Cyborg, em entrevista ao podcast “Ariel Helwani’s MMA Show” na segunda-feira.

 

Cris Cyborg não luta desde março passado, quando defendeu o cinturão peso-pena contra Yana Kunitskaya. A lutadora curitibana não esconde a frustração por potencialmente ter de esperar nove meses para enfrentar Amanda Nunes.

 

– Quando eles precisaram de mim em março, ligaram três semanas antes e eu estava pronta. Isso mostrou que estou sempre pronta. Agora querem me manter parada por nove meses no meio do meu auge. Por que estão me punindo? Se me fizerem esperar até dezembro, provavelmente vai ser minha última luta no UFC. Por que vocês querem me punir? Os fãs gostam de ver minhas lutas, os números não mentem. Por que tenho que esperar a Amanda? Eles têm garotas para lutar. Posso lutar no Brasil em 22 de setembro, posso lutar em 8 de setembro. Estou pronta. Quero lutar, tenho 33 anos. Não tenho 17 anos para esperar alguém por um ano. Amanda disse que está lesionada, tudo bem, ela pode ter seu tempo, mas eu não estou, quero lutar.

 

Cyborg também rebateu o argumento de que não há outras adversárias para ela em sua categoria. Ela reiterou que há lutadoras peso-pena em outras organizações, como Pam Sorenson e Cindy Dandois, e lembrou que o UFC colocou Holly Holm para disputar o cinturão contra Germaine de Randamie após duas derrotas seguidas – o que, segundo ela, significa que lutadoras que não estão no UFC ou que vieram de derrotas não devem ser descartadas. Ela desabafou sobre o tratamento do Ultimate e as dificuldades que encontra em suas negociações desde que chegou à organização, em 2016.

 

– Eu não vou desistir por causa disso. Vou continuar lutando. Isso me faz querer mais. Sei que meus fãs querem ver minhas lutas, isso me faz continuar. Às vezes, acho que é pessoal. (…) Porque se os fãs amam minhas lutas, se os fãs compram meus pay per views, se eu faço boas lutas, por que não luto? Não sei. Talvez não, mas não sei a razão. Eles dizem que não têm garotas (na divisão), mas há garotas. Não quero reclamar, mas acho que não é justo com meus fãs ou comigo – disparou.

 

Cyborg vai esperar seu empresário negociar com o UFC a viabilidade de fazer uma luta em setembro antes de assinar para enfrentar Amanda Nunes. A curitibana afirmou também que vai pedir garantias de pagamento à organização para o caso de a baiana se lesionar ou ter algum outro problema que possa tirá-la da luta em cima da hora. Ela lembrou que Amanda se retirou da luta contra Valentina Shevchenko em julho de 2017 no dia do evento por conta de uma sinusite.

 

– Preciso receber e pagar meus treinadores. Você viu o que aconteceu com o Brian Ortega. Meu manager vai sentar com eles e conversar. Ela precisa provar que não está mais lesionada. Como você pode assinar o contrato se está lesionada? Ela disse que estava lesionada há seis meses, e precisa de mais seis meses para se preparar – concluiu a campeã peso-pena.

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