Após 3 a 0, Inter esquece vaga e foca em vitória para findar jejum em Gre-Nais

O domingo foi doloroso para o torcedor colorado. Mesmo com muito esforço no primeiro tempo, o Inter levou 3 a 0 em um jogo que mostrou a atual discrepância entre as duas equipes. O placar dilatado obriga o time de Odair Hellmann a aplicar uma goleada por, pelo menos, quatro gols de diferença no Beira-Rio ou devolver o placar da Arena para levar a decisão aos pênaltis.

Para piorar, foi a segunda derrota consecutiva em uma semana, já que o time tinha perdido por 2 a 1 no Beira-Rio no último jogo da primeira fase. Não bastasse isso, o Inter chegou ao sexto Gre-Nal seguido sem vencer, com três derrotas e três empates no período. O último triunfo ocorreu no distante 22 de novembro de 2015, quando ganhou por 1 a 0, com gol de Vitinho. O momento deixa o grupo pressionado para a quarta-feira, reconhece D’Alessandro.

– Sabemos o quanto trabalhamos e a vontade que temos de ganhar. Já tivemos hegemonia em clássicos, mas o futebol muda. (O Grêmio) É o último campeão da Libertadores, joga bem, precisamos reconhecer. Não há problema eu reconhecer que o Grêmio joga bem. Temos que pensar em quarta e depois o Brasileirão, que será longo. Depois, o que vier será lucro, mas precisamos do torcedor. Ele fica chateado, que não gosta de perder clássico, mas que nos apoie – convocou a capitão.

O camisa 10, aliás, afirmou que espera protestos durante a semana em razão das derrotas para o Grêmio. E há um consenso no vestiário que o time está em débito com os torcedores. O vice de futebol, Roberto Melo, também vê como primordial uma vitória na quarta.

– Neste momento, a questão de reverter não é o principal foco nosso. Temos que nos preocupar em fazer um grande jogo quarta-feira, vencer e dar esta resposta ao torcedor. O que nos importa é isso. Se isso será suficiente, veremos no fim – afirmou o vice de futebol.

A situação delicada, inclusive, fez Odair mudar o discurso. Interino na goleada por 5 a 0 para o maior rival, em 2015, o treinador acumula um histórico de 10 gols sofridos e um marcado em três embates contra o maior rival. Uma nova derrota na quarta-feira, no Beira-Rio, pode colocar seu trabalho em xeque. Ciente disso, o técnico disse ter convicção no trabalho feito até aqui e entende que é fundamental manter o planejamento traçado.

– É duro falar isso em um momento de derrota. Há dois caminhos a escolher. Um é ter convicção, com todos no mesmo objetivo. Nas interrupções, você começa tudo de novo. Acredito que estamos no caminho. Não gostaria que ocorressem as derrotas. Temos o próximo clássico para buscar a vitória e depois sentaremos para pensar o futuro – projetou o treinador.