O ano de 2006 marcou o início de uma nova Chapecoense. Na iminência de fechar as portas, o clube resistiu, faturou a terceira taça estadual no ano seguinte e deu início a uma caminhada que culminaria no acesso à Série A do Brasileiro e na disputa das mais importantes competições da América do Sul. Nesta caminhada, o clube venceu outros dois estaduais, o último em 2016, e agora tem a chance de conquistar seu primeiro bicampeonato, feito já realizado por seus rivais.
A Chape ainda é um jovem clube, completará 44 anos no dia 10 de maio, três dias após o segundo jogo da final do Campeonato Catarinense. Neste período, conquistou a taça do estadual em cinco oportunidades, mas nenhuma em sequência (77, 96, 07,11 e 16). O time verde e branco até chegou perto de atingir o feito, mas foi derrotado pelo Joinville na final de 1978, ano seguinte ao seu primeiro título estadual.
Apesar da boa fase nos últimos anos, o Verdão está longe de ter uma supremacia no estado, como já aconteceu com os quatro principais adversários: Avaí, Criciúma, Figueirense e Joinville. Todos os times tiveram épocas de domínio na competição regional. O JEC, por exemplo, chegou a vencer o Campeonato Catarinense oito vezes seguidas entre as décadas de 70 e 80.
A oportunidade de escrever o nome na história vem justamente em um momento de remontagem do clube. Com um grupo completamente novo após a tragédia da Colômbia, a Chape não tem a seu favor o entrosamento que teria em uma normal manutenção de elenco de um ano para outro. Tampouco tem em seu plantel jogadores que conhecem o Campeonato Catarinense e sabem do equilíbrio entre os clubes.
Por outro lado, dentro de campo, os atletas têm se mostrado dispostos a colocar seu nome no “hall da fama” do clube. Com raça e entrega, o time tem surpreendido nas competições que disputa. Agora, falta transformar em título e história o bom futebol apresentado.