Rui Car
21/05/2018 15h10 - Atualizado em 21/05/2018 13h43

Capa da National Geographic é um grande chacoalhão para o mundo todo

Até 2050 todas as aves marinhas vão estar comendo plástico

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A National Geographic acaba de lançar uma chocante campanha chamada “Planeta ou Plástico?”, que mostra as terríveis consequências do nosso vício em plástico.

 

Um dos objetivos da revista é provocar mudanças na forma em que os consumidores usam o plástico e incentivá-los a cobrar que as empresas mudem a forma de embalar certos produtos. A própria revista está dando exemplo; a empresa deixou de embalar as revistas em plástico, e está usando sacos de papel.

 

A campanha identificou sacolas, garrafas e canudos plásticos como produtos mais problemáticos, e pede que os consumidores os substituam na medida do possível.

 

 

 

As poderosas imagens abaixo ilustram vividamente os danos que o descarte anual de 9 milhões de toneladas de plásticos causam ao meio ambiente e vida selvagem.

 

Os pesquisadores e cientistas da revista pretendem trazer dados que preenchem falhas de informação sobre os impactos em longo prazo do uso irresponsável do plástico. Uma das informações que precisa circular mais, segundo eles, é que materiais plásticos acabam se dissolvendo em partículas microscópicas e entram na nossa cadeia alimentar.

 

“Por 130 anos a National Geographic tem documentado as histórias do nosso planeta, fornecendo para audiências ao redor do planeta uma janela para a beleza da Terra, assim como as ameaças que ela enfrenta”, diz Gary E. Knell, CEP da revista em entrevista ao Daily Mail.

 

“Todos os dias nossos exploradores, pesquisadores e fotógrafos de campo testemunham em primeira mão o impacto nos oceanos do uso único do plástico, e a situação está ficando cada vez mais medonha”, acrescenta ele.

 

Crédito: John Cancalosi/ National Geographic

 

O fotógrafo John Cancalosi libertou esta ave logo depois de fazer a fotografia em um aterro na Espanha. Uma sacola plástica pode matar mais de um animal: sua carcaça se decompõe, mas o plástico dura muito tempo e pode sufocar ou prender outras vítimas.

 

Crédito: Randy Olson / National Geographic

 

Embaixo de uma ponte no rio Buriganga em Bangladesh, uma família retira rótulos de garrafas plásticas, separando as transparentes das verde. Eles ganham cerca de US$100 por mês.

 

Crédito: Jayed Hasen/ National Geographic

 

A maior produção de plástico atual é para embalagens. Isso representa quase metade de todo o lixo plástico gerado no mundo, e a maioria não é reciclada ou incinerada.

 

Crédito: Randy Olson/ National Geographic

 

Garrafas plásticas ocupam a fonte Cibeles na frente da prefeitura de Madrid. Esta foi uma intervenção artística do grupo Luzinterruptus, que colocou temporariamente 60 mil garrafas descartadas em três fontes da cidade para chamar atenção para o problema global.

 

Crédito: Jordi Chias/ National Geographic

 

Esta rede de pesca de plástico ficou presa a uma tartaruga no litoral da Espanha. Ela conseguia esticar o pescoço o suficiente para respirar, mas teria morrido se o fotografo não a tivesse libertado dali. A captura de animais em redes abandonadas é chamada de “pesca fantasma”, e ameaça principalmente as tartarugas marinhas.

 

Crédito: Justin Hofman/ National Geographic

 

Para pegar carona nas correntes oceânicas, cavalos marinhos se agarram a algas e outros detritos naturais. Nas águas poluídas perto da ilha indonésia de Sumbawa, este cavalo marinho se agarrou a um cotonete.

 

Crédito: : David Higgins/ National Geographic

 

Ao redor do mundo quase um milhão de garrafas plásticas são vendidas por minuto.

Crédito: Brian Lehmann/ National Geographic

Alguns animais agora vivem em um mundo de plástico. Essas hienas procuram por comida em um aterro na Etiópia. Elas esperam pela chegada de caminhões de lixo para ir procurar alimento.

 

Crédito: PRAVEEN BALASUBRAMANIAN/NATIONAL GEOGRAPHIC

 

Até 2050 todas as aves marinhas vão estar comendo plástico.

 

[Bored Panda]

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