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Em caso de sobrepeso, os especialistas recomendam fazer mamografias mais frequentemente, para ajudar a detectar o câncer de mama o mais cedo possível. Uma pesquisa recente tem estudado a correlação entre o índice de massa corporal e o tamanho dos tumores no momento da detecção.
Na Suécia, que teve 2.012 casos de câncer de mama invasivo entre 2001 e 2008, um estudo divulgado essa semana pela Sociedade Norte-americana de Radiologia concluiu que o excesso de peso pode dificultar a detecção do câncer e fazer com que ele evolua mais rapidamente. O tempo é essencial quando o assunto é câncer, porque o prognóstico pode ser muito melhor em fases iniciais.
Em uma declaração para a BBC, Fredrik Strand, principal autor do estudo, explicou que essa relação “pode se dar devido ao tamanho dos seios, que tornam o tumor mais difícil de ser detectado, ou porque os tumores crescem em um ritmo mais rápido”.
“Nosso estudo sugere que, quando um médico apresenta os prós e os contras na detecção do câncer de mama, uma massa corporal elevada deve pesar como um grande ‘contra’”, explica Strand, acrescentando que “os resultados sugerem que mulheres com um IMC elevado devem pensar em fazer mamografias mais frequentes”.
Entre os mais de 2.000 casos registrados entre 2001 e 2008, que foram acompanhados até 2015, descobriu-se alguma relação entre a progressão da doença e o IMC do paciente. A densidade mais elevada foi associada à dificuldade de detectar tumores e, portanto, a prognósticos piores.
Na Espanha, recomenda-se uma mamografia a cada três anos entre 20 e 39 anos e um exame anual depois dos 40.
