Yahoo
Trata-se de uma etapa muito comum da paternidade. No primeiro momento em que as crianças começam a engatinhar por aí, é hora de fazer algumas alterações na casa para torná-la “à prova de bebês”. É aí que entram as travas nos armários da cozinha, portões nas escadas e protetores macios nas quinas dos móveis.
No entanto, enquanto muitos pais acreditam que transformar a residência num local menos propenso a acidentes é fundamental, outros classificam estas estratégias como perda de tempo.
Abby Plested, blogueira de 23 anos do Honey We Are More, tem dois filhos com menos de cinco anos, mas não tomará medidas extremas para garantir que sua casa se torne uma área à prova de acidentes.
“Não faça mudanças. Deixe que eles aprendam e não façam de novo,” disse ela ao site Stuff.co.nz.
“É claro que existe a necessidade de tornar algumas partes da casa mais seguras, mas acho que os pais podem acabar exagerando,” Abby explicou ao jornal Daily Mail Australia.
“Eu nunca coloquei portões de bebês na minha casa ou nas escadas porque acho que é importante que a criança aprenda os limites sem eles. Sim, isso significa que você terá que estar mais atento ao seu bebê, mas você provavelmente já está fazendo isso,” ela continuou.
Abby acredita que quando as crianças fazem algo que causa um pequeno acidente, é menos provável que elas tenham o mesmo comportamento novamente.
“Por exemplo, eu tenho um cacto na minha casa. Houston tocou nele uma vez, e nunca mais chegará perto dele. Acredite em mim,” ela explica.
Abby não é a única pessoa contra tomar medidas excessivas para proteger as crianças da casa onde vivem. Um passeio rápido pelos fóruns do site Mumsnet revela diversas discussões sobre os prós e contras de fazer este tipo de alteração na residência da família.
Em um post intitulado “Estou sendo irresponsável por não tornar minha casa à prova de bebês?” uma mãe explica que não quer viver num lugar que lembre uma base de segurança máxima.
“Estou pensando em deixar tudo como está e, com o tempo, ensinar meu filho a negociar seu caminho pela nossa casa,” escreveu ela.
Muitas usuárias rapidamente ofereceram palavras de incentivo, afirmando que sua ideia não era irresponsável.
“Eu não fiz mudanças significativas. Eu fui sensata, obviamente, e não deixei coisas perigosas dando sopa por aí, mas não usei travas para armários, etc,” escreveu outra mãe.
“Nós não fizemos nada além de alterações que envolvem o bom senso, como colocar produtos de limpeza fora do alcance, e manter a tampa do vaso sanitário sempre fechada. Apesar do alarmismo, minha filha nunca tentou colocar o dedo nas tomadas e não se interessou muito pelo interior dos armários. Nós tivemos alguns dedos presos e pancadas ocasionais na cabeça, mas ela rapidamente aprendeu a fechar as portas com cuidado e a se mover de forma mais consciente,” outra mãe concordou.
Um aspecto a respeito do qual muitos pais, incluindo Abby, parecem concordar é a necessidade de assegurar que móveis e televisores estejam bem presos às paredes para prevenir que caiam sobre os pequenos.
De acordo com o site de segurança Anchor It, uma criança morre a cada duas semanas quando uma televisão ou móvel cai sobre ela, e a cada trinta minutos uma criança é atendida no pronto-socorro por causa de um acidente desse tipo.
