Rui Car
25/02/2017 09h55 - Atualizado em 25/02/2017 08h09

Perdeu suas chaves? Descubra por que você está procurando no lugar errado

Então, onde eu deixei minhas chaves?

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Na verdade, se você já se perguntou por que demora tanto para encontrar suas chaves, a resposta pode ser surpreendente. É provável que você perca muito tempo procurando nos lugares onde tem certeza de que elas não estão.

 

Embora seja evidente que elas não estarão em superfícies organizadas, já que não seria necessário procurar tanto para encontrá-las, as pessoas continuam retornando a esses lugares durante a busca. O site The Conversation propôs um cenário no qual uma pessoa perde suas chaves, sendo que elas estariam em um dos dois escritórios, um ambiente organizado e outro cheio de papéis, documentos, livros e xícaras de café.

 

A estratégia ideal consiste em iniciar a busca pelo lugar mais bagunçado, mas o objetivo do experimento era comprovar como as pessoas abordam o problema. Com esse propósito, nossos olhos eram acompanhados por um programa, enquanto realizávamos a busca em uma tela de computador.

 

Uma metade da tela mostrava um ambiente organizado e o outro todo bagunçado. Os pesquisadores analisaram os movimentos oculares dos participantes. A disposição dos ambientes era projetada de tal maneira que uma busca ideal não prenderia os participantes por muito tempo ao meio da tela, já que ele não oferecia informações novas.

 

No entanto, os resultados publicados na revista Proceedings of Royal Society B sugeriram que a maioria das pessoas erra em sua abordagem ao problema.

 

A tarefa consistia em indicar se havia uma linha de 45 graus à direita no padrão fornecido (veja mais adiante)

Aqui, fica fácil encontrar o ângulo, já que cada visualização não nos oferece informações novas (Créditos: The Conversation).
 

A melhor estratégia seria focar no espaço bagunçado (créditos: The Conversation).
 

No entanto, quando os padrões na tela se misturavam, os olhos dos participantes sempre buscavam os espaços mais “fáceis” de se procurar (Créditos: The Conversation).
 

Descobriu-se que quase metade dos movimentos oculares dos participantes seguiam para o ambiente organizado, sugerindo que as pessoas evitam automaticamente locais que fornecem mais informações, mesmo que isso facilite a busca.

 

Também se descobriu que os participantes fizeram muito mais movimentos oculares do que o necessário para cumprir a tarefa. Os pesquisadores dizem que esses resultados têm implicações muito importantes para os modelos de competência das buscas visuais humanas.

 

Alguns modelos indicam que os seres humanos são capazes de localizar algo com o menor número possível de movimentos oculares, calculando rapidamente onde obter a maior quantidade de informações. Outros afirmam que uma estratégia de busca aleatória pode fornecer níveis semelhantes de desempenho, como provam os pesquisadores em seus testes.

 

Então, onde eu deixei minhas chaves?

 

 

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