Rui Car
19/01/2017 09h55 - Atualizado em 19/01/2017 08h23

A mulher que passou um ano sem comprar nada

Como assim?

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Como sou uma jornalista que escreveu sobre finanças em Londres nos últimos 10 anos, “meus amigos e familiares deduzem que sou ótima em lidar com dinheiro”, explica Michelle McGagh em seu artigo mais recente para o Telegraph. Após perceber que ultimamente gastava milhares de dólares em coisas completamente “desnecessárias” café, refeições e roupas), ela decidiu se comprometer a passar um ano inteiro sem comprar nada, começando pela Black Friday de 2015.

 

 
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É claro que ninguém passa um ano sem gastar um centavo, então ela fez uma lista de coisas permitidas: “hipoteca, utilitários, seguro de vida, doações de caridade, banda larga e telefone móvel (menos de 2 mil dólares por mês)”. Ela também se permitiu comprar produtos básicos de higiene dental e corporal, além de comida para ela e para o marido, gastando no máximo 35 dólares por semana no supermercado.

 

Mas não havia qualquer orçamento para indulgências. Nada de cinema, bares, refeições em restaurantes, roupas novas, férias, academia ou mesmo um chocolate no supermercado. E certamente nada de cafezinhos.

 

Embora seu marido estivesse preocupado com a natureza radical do desafio, McGagh aprendeu a lidar com isso, pedalando para todos os lugares, repetindo suas roupas e por aí vai. Finalmente ela viu seu dinheiro começar a render. Ao conseguir pagar mais que uma parcela de sua hipoteca, ela ficou muito entusiasmada: “Fico feliz por ter uma renda disponível e conseguir economizar. Espero incentivar outras pessoas a reconsiderarem seus padrões de gastos também.”

 
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Ainda assim, nem todo mundo estava satisfeito com essa experiência. Ela foi acusada de fazer “voto de pobreza”, mas há uma grande diferença entre pobreza e frugalidade. A experiência não tinha nada a ver com pobreza, porque a pobreza não é uma escolha. “Ainda pago minha hipoteca, contas e alimentação. Meu experimento envolveu uma escolha de não gastar. Para muitos, isso não é uma escolha.”

 
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No final, ela tinha 23 mil dólares a mais do que quando tinha começado. Os meses de inverno não foram fáceis, mas ela começou a gostar mais de passar seu tempo ao ar livre, à medida que a primavera se aproximava. Suas roupas ficaram acabadas depois de tantos passeios de bicicleta. Um corte de cabelo também se fazia necessário, mas ela não tinha nenhuma vontade de gastar com isso até o final do ano. Ela pagou uma rodada de cerveja para os amigos à meia noite da sexta-feira da Black Friday (e comprou uma passagem de avião para visitar seu avô), mas foi só isso.

 

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Leia mais sobre o impressionante ano de McGagh aqui. Seu livro, (The No Spend Year: How I spent less and lived more) está nas bancas a partir de hoje.

 

Tess Koman
Cosmopolitan

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